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História da imigração italiana na América do Sul

Publicado por Rafael de Barros Marinho em

Os italianos, assim como os demais imigrantes, deixaram seu país basicamente por motivos econômicos e socioculturais. A emigração, muito praticada na Europa, aliviava os países de pressões socioeconômicas, além de alimentá-los com um fluxo de renda vindo do exterior, em nada desprezível, pois era comum que imigrantes enviassem economias para os parentes que haviam ficado.

No caso específico da Itália, depois de um longo período de mais de 20 anos de lutas para a unificação do país, sua população, particularmente a rural e mais pobre, tinha dificuldade de sobreviver tanto nas pequenas propriedades que possuía ou onde simplesmente trabalhava, quanto nas cidades, para onde se deslocava em busca de trabalho.

Nessas condições, portanto, a emigração era não só estimulada pelo governo, mas era também uma solução de sobrevivência para as famílias. Assim, é possível entender a saída de cerca de 7 milhões de italianos no período compreendido entre 1860 e 1920.

A imigração italiana no Brasil

Italianos chegando ao Brasil em 1907
Italianos chegando de navio ao Brasil em 1907 (Acervo do Memorial do Imigrante).

Os primeiros imigrantes italianos chegaram ao Brasil em 1870, devido ao grande estímulo do governo, principalmente depois de 1850, quando o tráfico de escravos foi abolido no Brasil e os europeus substituíram a mão-de-obra escrava.

Os italianos chegaram inicialmente à região sul, onde instalavam-se colônias de imigrantes. Em meados do século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias, fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves (1875). Estes italianos eram, na maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Após cinco anos, devido ao grande número de imigrantes, o governo criou uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Nestas regiões os italianos começaram a cultivar a uva e a produzir vinhos. Atualmente, estas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias catarinenses em Criciúma e Urussanga e, em seguida, as primeiras do Estado do Paraná.

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Apesar da região sul ter recebido os primeiros italianos, foi a região sudeste que recebeu o maior número de imigrantes oriundos da Itália. Isto se deve ao processo de expansão das fazendas de café, no Estado de São Paulo.

Os italianos começaram a expandir-se por Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A maioria absoluta teve como destino inicial o campo e o trabalho agrícola. Muitos, após trabalhar anos colhendo café, conseguiram juntar dinheiro suficiente para comprar suas próprias terras e tornaram-se fazendeiros, outros partiram para os grandes centros urbanos (como São Paulo), pois as condições de trabalho no campo eram péssimas.

Os empreendedores: Alguns italianos chegaram ao Brasil dispostos a criar pequenas empresas e prosperar na nova terra. Vendiam o que tinham na Itália e investiam no Brasil em áreas como a agricultura, comércio, prestação de serviços e indústria. Muitos destes italianos empreendedores prosperaram em seus negócios, gerando riquezas e empregos no Brasil. Um dos exemplos mais conhecidos foi de Francesco Matarazzo e seus irmãos, que emigraram para o Brasil em 1881 e construíram em São Paulo um verdadeiro império industrial.

A cultura italiana no Brasil: Os italianos que vieram viver no Brasil trouxeram na bagagem muitas características culturais que foram incorporadas à cultura brasileira, estando presentes até os dias de hoje. Dentre as inúmeras contribuições italianas à cultura brasileira podemos citar novas técnicas agrícolas, o uso do “tchau” (ciao) em todo o Brasil, pratos que foram incorporados, como pizza, espaguete (spaghetti) e o hábito de comer panetone (panettone) no Natal, o enraizamento do catolicismo, incorporando elementos italianos na religião brasileira, etc.

A diminuição da imigração italiana para o Brasil: As contínuas notícias das péssimas condições de trabalho e moradia de famílias italianas residentes no Brasil, de trabalho semiescravo e condições indignas nas fazendas de café foram divulgadas pela imprensa italiana, fazendo com que diminuísse drasticamente a vinda de italianos para o Brasil e fizeram com que os italianos preferissem destinos como a Argentina e os Estados Unidos. A imigração italiana no Brasil continuou até a década de 20, quando o ditador Bento Mussolini, com seu governo nacionalista, começou a controlar a imigração italiana. Com a Segunda Guerra Mundial, declaração de guerra do Brasil a Itália e a contínua recuperação da economia italiana, a chegada de italianos ao Brasil entrou em decadência.


Colonizadores italianos na cidade de Caxias do Sul (RS).

• Comemora-se em 21 e fevereiro o Dia Nacional do Imigrante Italiano.

• Entre 1870 e 1920 os italianos corresponderam a 42% do total dos imigrantes que entraram no Brasil. A maioria vinda da Região do Vêneto (Treviso, Verona, Veneza, Padova, Vicenza, Rovigo, Belluno), em seguida, da Campania (Napoli, Caserta), da Calábria (Cosenza, Catanzaro), e por último da Lombardia (Milão, Mantova, Cremona, Bergamo). Veja no mapa da Itália as regiões de onde vieram os imigrantes italianos que moram no Brasil.

• De acordo com dados estimados da Embaixada da Itália no Brasil, vivem no país cerca de 25 milhões de descendentes de italianos, sendo que grande parte concentrada nas regiões sul e sudeste. Acompanhe no mapa do Brasil o percentual os estados com maior percentual de oriundi:

BIGAZZI, Anna Rosa Campagnano. Italianos: história e memória de uma comunidade. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2006.
DIEGUES JR, Manuel. Imigração, Urbanização, Industrialização. Rio de Janeiro: Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, 1964.
DIEGUES JÚNIOR, Manuel. Etnias e Culturas no Brasil. Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército Editora, 1980.
GASPARETTO JÚNIOR, Antonio. Imigração na Zona da Mata Mineira: fases e características entre 1850 e 1914. In: Anais do I Encontro de Pesquisadores da História da Zona da Mata Mineira. Rio Pomba, 2010. (a)
GASPARETTO JÚNIOR, Antonio. “Lo Stato di Minas Geraes”: a propaganda como elemento da política imigratória. In: Anais do III Simpósio do Laboratório de História Política e Social. Juiz de Fora, 2010. (b)
MARTINS, José de Souza, A Imigração e a Crise do Brasil Agrário.

A imigração italiana na Argentina (1880-1930)

Entre 1880 e 1930, a Argentina foi, sem dúvida, um dos destinos mais importantes da imigração italiana. Mais de dois milhões de italianos embarcaram para a Argentina neste período. Os italianos representavam a metade ou dois terços do total dos imigrantes.

Regiões e Províncias de origem: a composição regional mostra o predomínio da área norte-ocidental (Piemonte, Ligúria, Lombardia) e do Vêneto, até o por volta de 1890, para em seguida perder importância em relação aos contingentes do Sul. A corrente lígure para a Argentina é a que se extingue mais cedo, enquanto a piemontese e a lombarda manterão um fluxo relativamente importante até o início da Primeira Guerra Mundial, sendo o da primeira mais contínuo enquanto o da segunda decresce gradualmente.

Entre as regiões do Sul, a importância da Argentina como destino irá se revelar mais tarde, com ritmos não uniformes para o conjunto meridional. A imigração calabresa manifesta-se com certo peso já no início do período registrado, sem crescimentos espetaculares, porém, com participação contínua e claramente crescente. A siciliana, praticamente inexistente até os anos 1890, teve um impulso a partir de 1895 e crescimento significativo nos anos seguintes: um de cada seis imigrantes provinha dessa região, até 1914. Os Abruzzo e a Campanha atingiram sua maior participação mais para o final do século, enquanto que a Puglia seguiu uma evolução semelhante à da Sicília, mas com menos amplitude.

Na Itália central, as Marcas – que abrange as províncias de Pesaro, Urbino, Areana, Macerata e Ascali – mostram um desenvolvimento tardio de migração para a Argentina. As outras regiões da área (Toscana, Úmbria, Lácio, Emília-Romanha) não se sentiram atraídas pela Argentina.

Quem emigrava? Em primeiro lugar, os camponeses. Não os mais pobres, porque emigrar era um empreendimento que exigia um investimento inicial e, em função do qual, podia-se vender um pequeno terreno ou adiantar uma herança. Agricultores, diaristas, trabalhadores braçais, são as categorias mais numerosas. Uma difundida crença de que os imigrantes declararam ser agricultores mesmo não sendo, porque essa era a exigência do país – ou sua expectativa de ocupação futura – não parece ter base de sustentação na documentação real de ingresso dos viajantes.

Atrás dos agricultores e diaristas vinham, por sua quantidade, geralmente os pedreiros e os sapateiros, os comerciantes e os carpinteiros, assim como um grande número de marinheiros.

O retorno: pelo mesmo cais em que chegaram, mais de 600 mil italianos deixaram a Argentina. De 1876 até 1914, quase a metade dos italiano ingressados ao país, emigraram. Durante muito tempo, o alto índice de retorno foi considerado indicador de fracasso do projeto migratório ou da política migratória argentina, incapaz de reter os imigrantes. Esta posição baseia-se no pressuposto de que a emigração era uma situação de ruptura, e que seu objetivo invariável era a radicação definitiva no país de destino. O êxito implicava não retornar, assimilar-se, enquanto a volta, sempre segundo essa ótica, expressava a não-concretização do projeto e seu abandono.

A procura de um caminho: uma vez desembarcados, a Argentina oferecia hospedagem por cinco dias no Hotel de Inmigrantes àqueles que entravam como imigrantes, e a possibilidade de emprego por intermédio da “Oficina de Trabajo”; neste caso, eram levados gratuitamente de trem até o ponto de destino correspondente. O fato de apenas uma minoria dos imigrantes usar esta facilidade é um indicador de que os imigrantes confiavam mais em seus próprios contatos do que nas estruturas institucionais do governo argentino.

Se o Estado não teve grande participação nos mecanismos de migração e inserção profissional, tampouco parece ter prevalecido o padrone system observado nos Estados Unidos, mas apenas outros mais informais, em que predominavam as relações pessoais parentais ou paesane, não necessariamente isentas de exploração. Dada a importância numérica da imigração italiana e o caráter contínuo da corrente imigratória ao longo do tempo, não é de surpreender que as redes migratórias fossem múltiplas e de natureza diversa. Ao mesmo tempo em que mantinham o vínculo com o paese de origem, ofereciam uma estrutura de apoio, contatos e informações que serviam tanto ao imigrante recém-chegado quando àquele que o precedera.

Depois da guerra: A Primeira Guerra Mundial marca, naturalmente, uma parada importante nos movimentos transatlânticos. Nos anos pós-guerra, experimenta-se um aumento da maioria dos fluxos, com a notável exceção da Ligúria e da Lombardia. O crescimento da emigração vêneta será sustentado em grande parte por contingentes da Venezia Tridentina e da Venezia Giulia.

A Argentina que recebe esta imigração também é diferente da que recebeu o maciço movimento transoceânico entre 1880 e 1910. A autoridade migratória, em seu balanço quinquênio 1923-1927, demonstra preocupação por duas questões fundamentais: a falta de terras disponíveis para a agricultura (por causa da existência de latifúndios) e a necessidade de maior controle e seleção dos imigrantes.

• Segundo dados do Ministério do Exterior, a Argentina é a comunidade italiana mais numerosa no exterior, com cerca de 900.000 pessoas inscritas nos consulados.

• Em Buenos Aires existem mais italianos que em Bolonha.

A imigração italiana no Chile (1880-1930)

A presença italiana no Chile ocorreu na época colonial, quando missionários jesuítas e franciscanos, de origem italiana desembarcaram no País evangelizando os indígenas, fenômeno que se repetiu fortemente a partir de 1837, quando franciscanos capuchinhos italianos se instalaram em Araucanía. Nos primeiros anos da república a chegada de imigrantes italiano foi em pequena escala, não mais de quinhentos.

A imigração italiana no Chile teve seu ponto forte entre 1880 e 1930, época em que milhares de italianos imigraram para a América, localizados majoritariamente nos Estados Unidos, Brasil e Argentina. Calcula-se que mais de dez mil italianos chegaram ao país nesta época, em um processo chamado de imigração livre, associada a “cadeias migratórias” de tipo famílias. Tratava-se de homens jovens que se instalaram em áreas urbanas, principalmente em Santiago e Valparaíso, onde se instalaram principalmente nos setores de comércio, indústria e como profissionais liberais.

Em poucas décadas a imigração italiana se expandiu a todo o território nacional principalmente nas cidades de Valparaíso, Concepción e Punta Arenas, onde as coletividades italianas tornaram-se pilares importantes no desenvolvimento econômico e social destas comunidades.

Os empresários italianos tiveram uma grande participação no processo de industrialização que começava no país, destacando-se no ramo alimentício, onde a construção de modestas fábricas de maça por parte de alguns empresários modificou substancialmente a dieta alimentar dos chilenos.

Ao longo do século XX os imigrantes italianos e seus descendentes formaram sólidas redes sociais com fins de socialização e solidariedade em defesa de seus costumes e cultura, dando origem às tradicionais instituições da colônia italiana no Chile. As novas gerações, os chilenos de pais ou avós italianos, derivam em sua maioria do comércio e de profissionais liberais, integrando-se plenamente à sociedade chilena.

Fonte

A imigração italiana no Uruguai

A imigração italiana no Uruguai começou em 1879 e terminou em 1930. O fluxo migratório não chegou a 90.000. A maior parte dos italianos eram lígures, piemonteses e campanhos e o filho de um destes primeiros imigrantes, José Serrato, tornou-se, em 1920, presidente da República (Montevideo, 30 de setembro de 1868 – Montevideo, 7 de setembro de 1960).

Quase todos os imigrantes eram do sexo masculino. Pouco a pouco os primeiros a chegar começaram a chamar parentes e amigos, criando assim uma cadeia migratória.

Na região do Rio da Prata, desse no século XIX falava-se da necessidade de aumentar a população e de favorecer a imigração das chamadas “terras do meio”, aquelas europeias, principalmente ocidentais, como condição primordial indispensável para modernizar a área e inseri-la no mundo civilizado.

Na época o país tinha somente poucas cidades portuárias, mas com um interior pouco povoado e dominado pelo latifúndio e corria o risco de tornar-se uma província dos dois grandes colossos mais próximos: o Brasil e a Argentina.

Montevideo, a capital, tinha um porto muito grande. Além disso na costa charrua, o desembarque era instantâneo, enquanto em Buenos Aires os barcos ficavam a várias milhas do porto e os passageiros tinham que ser transportados em pequenos barcos e depois levados até a costa. Tudo isso era incentivado pelo comércio e por acordos migratórios. Foi assim que de 1830 a 1920 não menos que 52.000.000 de italianos deixaram seu país para chegar a esta terra distante.

A cidade e o campo uruguaios acolheram um tipo de imigração próxima à seguinte realidade socioeconômica: pequenos comerciantes, agricultores autênticos e improvisados, uma maioria de trabalhadores braçais agrícolas, trabalhadores não especializados de tarefas manuais, desempregados, excedente humano de centros urbanos e rurais italianos e europeus em geral.

Em poucos anos o crescimento natural e os fluxos migratórios modificaram muito o Uruguai e a sua economia. A grande maioria da imigração em milhares de pequenos proprietários ou arrendatários de terras ou os proprietários de pequenos comércios e indústria de tipo artesanal, ou de tipo familiar. Poucos puderam enriquecer tanto por meio do comércio ou da indústria a ponto de adquirir terras em quantidade tal para tornar-se grandes proprietários.

Os italianos, que participaram inclusive da luta pela independência do país do colonialismo espanhol (dentre os quais Giuseppe Garibaldi), começaram a comercializar produtos italianos como sal, vinho, óleo, em outras palavras, a colônia italiana foi diferente das outras do ponto de vista econômico e profissional, tendo como ponto forte uma frota nas mãos de lígures, que facilitavam o comércio e a migração.

Depois da Primeira Guerra Mundial o fluxo migratório teve um aumento, mas tratou-se principalmente de emigração primeiro de antifascistas e depois de fascistas. A presença italiana também deixou sua influência uruguaia, que contempla os tallarines (tagliatelle), ravioles (raviloli), canelones (cannelloni), o pesto, e a faina.

Imigrantes com preferência pelas cidades (com um consequente processo de organização) que trazia inclusive fenômenos complexos de transformação demográfica, econômica e social, como o advento da classe média. Os italianos deram vida a uma fase cheia de vida, de impulsos, de projetos e de esperança, uma fase cheia de realizações.

Fonte

A imigração italiana no Peru

Os primeiros italianos no Peru começaram a chegar durante a conquista da América, marcaram sua presença durante o período de Colonial e deixaram profundas raízes durante a República. Os imigrantes italianos não chegaram em grandes quantidades no Peru, como ocorreu em outros países da América, mas tinham uma característica especial, foram em sua maior parte de uma cadeia migratória que no decorrer do tempo foi se consolidando. Então, apesar de ter sido muito menor em quantidade em comparação com as chegadas na Argentina e no Brasil, podemos dizer que foram mais “seletas”.

A maioria dos imigrantes italianos no Peru provém da região da Ligúria; em menor proporção, do Piemonte, Lombardia e Calábria. Estão espalhadas por todo o território nacional, em maior ou menor quantidade, dependendo da localidade, sendo sua maior presença encontrada em Lima e Arequipa, Chiclavo, Trujillo, Tacna, seguido por Ica, Piura, Cusco, Huánuco, Ancash, La Merced, Chimbote, etc. Os descendentes diretos e indiretos no Peru giram em torno de um milhão e 400 mil pessoas, o equivalente a 4,8% do total da população do país.

História da Imigração Italiana

Inicialmente os italianos e espanhóis formaram a colonização europeia mais numerosa. Começavam com negócios muito humildes, mas logo reuniam importantes fortunas. A colonização italiana foi, por outro lado, a mais representativa imigração europeia no Peru. Sua importância se dá tanto em nível numérico como em termos de impacto e assimilação junto à sociedade peruana, foi a colonização mais numerosa até o início do século XX, alcançando 15 mil italianos de nascimento vivendo no Peru em 1902.

O predomínio lígure destes imigrantes (os “pioneiros”), portadores de uma “cultura do trabalho” demonstrou, no caso peruano, uma grande vocação para as atividades comerciais. Isto se explica porque no Peru, no tempo do guano, não havia uma grande demanda de setores sociais que pudessem preencher a lacuna deixada pela ausência de pequenos empresários. Por sua vez, a Itália oferecia uma quantia de marinheiros e comerciantes em busca de oportunidades.

É evidente que os imigrantes europeus no Peru cumpriram – e ainda cumprem – um papel muito diferente do que o desempenhado em outros países americanos. No Brasil e na Argentina a imigração europeia estava relacionada ao trabalho agrícola e ao proletariado, com uma migração massiva. No caso peruano, as atividades às quais se dedicavam estavam associadas, em sua maioria, ao setor comercial-empresarial e a determinadas funções políticas.

Fonte: BUENO Renata. História da imigração italiana na América do Sul. disponível em: http://www.renatabueno.com.br/pt/portal-italia/comunidade-italiana/historia-da-imigracao-italiana-na-america-do-sul


Rafael de Barros Marinho

Mestre em Ciência da Informação pela UFBA, Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela UFBA, Tecnólogo em Sistemas Para Internet pela Unifacs. Especializado em documentação para processos de reconhecimento de cidadania italiana e portuguesa. Indexador do Family Search [email protected]

1 comentário

A imigração italiana no acervo do Arquivo Nacional · 14/04/2023 às 21:38

[…] Veja também: História da imigração italiana na América do Sul […]

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